Projeto técnico de segurança e combate a incêndio

O projeto técnico é uma importante medida para garantir a segurança das pessoas que irão habitar um local, seja esse local comercial, industrial ou residencial. Um projeto técnico de segurança e combate a incêndio é utilizado para se apresentar as medidas implementadas e o sistema tomado para se diminuir os riscos de acidentes e evitar incêndios.

Existem ao todo, duas categorias de projeto técnico de segurança e combate ao incêndio, o projeto técnico e o projeto técnico simples. Dentro dessas categorias é possível obter o alvará AVCB, que é um pouco mais difícil ou no caso do projeto técnico simples, também é possível obter o CLCB, que é mais fácil e dinâmico de ser adquirido.

A escolha da categoria na qual se fará o projeto técnico de segurança e combate ao incêndio deriva principalmente das características do ambiente na qual serão feitas tais avaliações. No caso de locais acima de 750 m², com mais de três pavimentos ou simplesmente residências de auto risco, será necessário o projeto técnico com AVCB.

Caso contrário, como costuma ser em pequenas residências e estabelecimentos comerciais menores, poderá ser feito o projeto técnico simples. Nesse caso, se poderá optar entre os alvarás dos bombeiros, AVCB ou CLCB. O AVCB terá uma vistoria obrigatória dos bombeiros para confirmar os parâmetros, já o CLCB não terá a vistoria, e ainda contará com o visto.

Classificação do projeto técnico

Assim, o projeto técnico de segurança e combate ao incêndio possui 5 etapas que devem ser seguidas para se conseguir o alvará efetivamente. Dentro dessas etapas será também feita a classificação do tipo de edificação para que se garanta que seja feita o melhor projeto técnico, garantindo a segurança de quem lá habita. Essas etapas são:

1. Levantamento das características da edificação, seja ela residencial, comercial ou industrial. Aqui também será vistoriada a área ao redor da edificação para garantir que, caso seja uma área de risco, sejam também tomadas medidas para evitar que danos possam ser causados a ela, e mantenha as pessoas o mais seguro possível.
2. Será então feita a classificação da edificação, baseada principalmente no tipo de edifício e seu tamanho. Porém, caso a edificação esteja localizada em uma zona de alto risco de incêndio, poderá ser necessário ignorar a classificação por tamanho e optar por um projeto técnico que não seja simples e exija a vistoria para garantir a segurança de todos.
3. Após a classificação da edificação onde será implementado o projeto técnico ou projeto técnico simples, será definido de acordo com as características da edificação equiparadas com as diretrizes dos bombeiros, as medidas necessárias para garantir a maior segurança possível de quem irá habitar tal edificação.
4. Será então dimensionada as medidas de segurança contra o incêndio e as demais medidas de larga escala que serão necessárias tomar para que o ambiente seja seguro e, que em caso de incêndio, a situação seja muito mais fácil de ser controlada.
5. Com as dimensões e medidas tomadas, e sabendo as exatas diretrizes a serem tomadas, será então elaborado o projeto técnico para garantir que o sistema seja implementado de forma efetiva, e venha a ser funcional em caso de um futuro acidente ou qualquer outro motivo que venha a causar um incêndio.

Parâmetros a serem seguidos para o Projeto Técnico

Para se adquirir o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros é necessário tomar certas medidas. Primeiramente, será necessário um projeto técnico de segurança e combate ao incêndio para ser implementando no local, seja ele residência, comércio ou local industrial.

Nesse projeto técnico, serão apresentadas estratégicas medidas para se combater um possível incêndio, ou auxiliar na fuga do local caso seja necessário.

Esse projeto deverá obedecer uma série de critérios para que o alvará do Corpo de bombeiros AVCB seja autorizado e feito. Tais critérios estão descritos no Regulamento de Segurança Contra Incêndio das Edificações e Áreas de Risco.

Antes de se começar o Projeto Técnico, será necessário vistoriar se a área onde se localiza é uma área de risco, e então será determinado as medidas de segurança contra incêndio que serão necessárias a serem tomadas, de acordo com detalhadas dimensões.

Dentro desses detalhes será visto onde ficará posicionado, por exemplo, hidrantes internos, sprinklers, a quantia de água no volume de reserva para incêndio, placas de escape, saídas de emergência, portas corta-fogo, diâmetro da tubulação da rede de hidrantes, número e posicionamento de extintores, detectores de fumaça, alarmes de incêndio e outras coisas.

Diferenças entre projeto técnico e projeto técnico simples

Uma das diferenças principais entre o projeto técnico e o projeto técnico simples é que, primeiramente, o projeto técnico exige a vistoria de um membro do corpo de bombeiros seja feita para garantir que o projeto técnico tenha sido implementado efetivamente, enquanto no projeto técnico simples, tal vistoria é opcional e dependerá do alvará que está sendo buscado.

Ambos ainda são bem semelhantes, todo o processo precisa de um engenheiro para se responsabilizar pelas diversas medidas de segurança que serão tomadas para assegurar a edificação contra incêndio.

Porém, ao se fazer um CLCB, o processo é feito todo pelo sistema Via Fácil, diretamente do site central do Corpo de Bombeiros, e o Certificado será retirado juntamente após a taxa de pagamento. No caso do CLCB, o bombeiro só fará a vistoria por amostragem, diferente do AVCB.

Por essas medidas, o AVCB é um documento que demora muito mais para sair, pois precisa da Anotação de Responsabilidade Técnica de algumas pessoas envolvidas no Projeto Técnico para garantir a funcionalidade e segurança de todo o sistema.

Porém, ainda irá valer muito a pena, afinal, é a melhor forma de garantir que caso haja incêndio, o indenizado não seja quem é o dono do estabelecimento ou prédio, e que caso haja lesões físicas, mentais ou até mesmo algum óbito resultante do incêndio, o dono da edificação não seja o culpado.

Também é a forma mais garantida de ter certeza que uma edificação está pronta para ser utilizada de forma segura, sem riscos de incêndio.